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O que é a Histerossalpingografia?

A Histerossalpingografia é um método diagnóstico de extrema importância na avaliação do casal infértil, uma vez que nos proporciona uma precisa demonstração do canal endocervical, cavidade uterina e tubas uterinas.
As principiais causas que podem contribuir para a infertilidade feminina (má-formações urogenitais, obstruções tubárias, aderências envolvendo os anexos, sinéquias e tumorações intrauterinas), são prontamente diagnosticadas durante a realização do exame.
INDICAÇÕES
A infertilidade é responsável por 98% das indicações deste exame, que permite analisar:
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A permeabilidade tubária, identificando os pontos de obstrução, seja proximal, seja na porção média ou na porção distal, com formação ou não de hidrosalpinge; também detecta aderências peritubárias.
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Sinéquias intrauterinas, permitindo uma visão de conjunto, o que não ocorre com outros métodos.
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Incompetência ístimo-cervical, responsável por uma grande percentagem de abortamentos de repetição e partos prematuros.
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Má-formações uterinas - juntamente com a laparoscopia e a ressonância magnética.
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Adenomiose.
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Tuberculose genital, especialmente tubária, exibindo a clássica imagem em rosário.
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Miomas. Especialmente na variedade submucosa, livre na cavidade uterina e/ou que nela estão fazendo uma protrusão.
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No controle pós-operatório das reanastomoses tubárias, correção de má-formações uterinas etc.
CONTRAINDICAÇÕES
1) Gravidez ou suspeita de gravidez.
2) Infecção genital ativa.
3) Durante a menstruação ou sangramento genital de causa desconhecida.
4) Após curetagem uterina recente.
5) Nas usuárias de DIU, com suspeita de endometrite.
6) Após cirurgias do útero (miomectomias, correções de má-formações uterinas e sinéquias intrauterinas), antes de decorridos 90 dias.
COMO É FEITO
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A paciente se posiciona como se fosse realizar o exame preventivo ginecológico;
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Introduz-se a substância contrastante através do oríficio externo do colo na cavidade endometrial e posteriormente nas trompas e cavidade peritonial. (Vide o vídeo)
DESCONFORTO
A manipulação da região genital leva por si só a um grau de desconforto, semelhante ao vivenciado durante o exame preventivo ginecológico.
A introdução do contraste determina contrações (cólicas) muito parecidas às vivenciadas por algumas pacientes durante o período menstrual e/ou trabalho de parto, sendo perfeitamente ajustável a intensidade conforme a tolerância individual.
RESULTADOS
Permite discriminar entre o grupo que poderá ter a fertilização in vivo do que necessitará da fertilização in vitro (FIV).
FONTE: Maia, Hugo. Histerosalpingografia: introdução ao estudo da radiologia ginecológica / Hugo Maia. - Salvador : EDUFBA, 2009. 102 p. : il.